Meio-dia pelo inexplorado Alentejo da Idade da Pedra
- Bruno Garcia Andrade
- 1 de fev. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de jun. de 2020
Inicie uma viagem pelo lado inexplorado do Alentejo e viage no tempo, até as antigas civilizações da Idade da Pedra

"O Alentejo é muito menos explorado do que imagina. Monumentos nacionais importantes, tal como alguns que vamos referir, foram apenas descobertos há cerca de 60 a 70 anos atrás"
Diz-se que muito há por explorar e encontrar nas longas planícies do Alentejo.
De acordo com o posto de turismo de Évora, estima-se que cerca de 450 civilizações ocuparam o território a determinada altura, com base em 100 menires e 800 antas que poderão existir, algumas delas perdidas no meio da vegetação ou escondidas em propriedade privada.
Isto significa que o Alentejo é um dos territórios chave na Europa para monumentos do megalítico, tal como a Bretanha. Também significa que este território teve muito provavelmente durante o século VI, uma população superior aquela que existe actualmente, deixando para trás provas do começo das populações sedentárias e actividades de cultivo.
Também poderá encontra um legado do período paleolítico na gruta Santiago do Escoural.
Os pontos a baixo vão levá-lo num percurso de cerca de meio dia, se ficar em media 45 min a cada uma das paragens:
Cromeleque de Vale de Maria do Meio (Neolitico - VI century BC)
Embora nao seja tao impressionante como o Cromeleque dos Almendres, este cromeleque dar-lhe-a um maior sentido de aventura e descoberta, porque encontra-se num estado mais nativo, mas também porque e mais difícil de encontrar. Este monumento é definitivamente pouco turístico, e esta localizado no meio de uma propriedade privada. Nao teve o mesmo tipo de escrutínio académico do Cromeleque dos Almendres, pelo que nao e rico em informações no ponto de visita.
Gruta Santiago Escoural (Paleolitico 50000- 10000 BC)
Esta gruta é um testemunho a vida nas caves, onde os Neandertais se juntariam para procurar abrigo antes de sairem para a caça. Os desenhos existentes nas paredes revisitam cenas de caca e representação dos animais envolvidos.
Para visitar esta gruta por favor marca uns dias em avanço através: +351 266 857 000 or grutadoescoural@cultura-alentejo.pt
A visita é guiada e informações quanto a sua localização vão ficando mais claras a medida que se aproxima da gruta.
Cromeleque dos Almendres (Neolitic - VI century BC)
Pensa-se que o Cromeleque dos Almendres foi construído 2 mil anos antes de Stonehenge. Apenas foi descoberto em 1964 porque estava completamente coberto de vegetação. E uma descoberta inacreditável se pensar os meios que estavam disponíveis na altura para movimentar menires com as dimensões que vai encontrar. O significado destes cromeleques ainda está sujeito a debate.
Dez dos monólitos do cromeleque apresentam decoração em forma de relevos ou gravuras, dos quais quatro possuem apenas "covinhas" (série de pequenos buracos escavados na pedra).
Os outros são:
Menir 48: apresenta uma pequena figura antropomórfica associada a um báculo.
Menir 57: numa face propositalmente aplainada mostra uma série de treze relevos em forma de báculos. Essas figuras ocorrem também em outros menires e são, provavelmente, representações de objetos de prestígio social construídos em xisto e materiais perecíveis. De fato, báculos de xisto são encontrados em monumentos megalíticos alentejanos.
Menir 56: numa face aplainada apresenta uma representação estilizada de uma grande face humana, com nariz, olhos e boca. Pode ser considerado uma estátua-menir.
Menir 76: também possui uma figura antropomórfica, como o menir 56. A decoração de ambos se assemelha ao de menires do Cromeleque da Portela de Mogos.
Menir 64: localizado próximo ao centro do recinto maior, apresenta relevos em forma de raquetas e círculos.
Menir 58: possui três representações de discos solares, associados a linhas onduladas que representam raios.
Percurso no google
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